29 de abr. de 2010

TOC, TOC, TOC...


Gabriella Vareschi de Rosa



Antes de dormir, você costuma conferir se a porta de casa está realmente trancada? Pois isso indica que você é uma pessoa responsável. Mas tem gente que, em vez de conferir uma ou duas vezes, faz isso dezenas de vezes, tornando-se refém de um ritual que, se não for cumprido à risca, gera grande angústia.

Essas pessoas são vítimas de TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), Toc pra quem não sabe, não é frescura e nem maluquice. É uma doença e, hoje em dia, quase todo mundo tem, nem que seja algo bem sutil. Mas em algumas pessoa isso se torna uma necessidade tão grande que a própria vítima pode considerar absurda, mas da qual ela não consegue se desvencilhar.

Existem dois tipos de sintomas: os obsessivos e os compulsivos. As obsessões são idéias persistentes. A preocupação excessiva com a sujeira é um exemplo. As compulsões são comportamentos repetitivos que podem estar ligados às obsessões.

Uma pessoa que, no plano das idéias, tem obsessão por limpeza, no plano das ações pode estabelecer a necessidade de lavar as mãos mais de cem vezes por dia devido ao receio de ser contaminado por micróbios, por exemplo.

"A pessoa tem consciência de que a repetição não adianta, mas fica angustiada se não cumprir o ritual", diz Marina Arnoni Balieiro, psicóloga do Hospital Edmundo Vasconcelos, da capital.

Alguns rituais, como organizar as roupas conforme a cor de cada peça, podem ser praticados sem que indiquem uma doença. Eles se caracterizam como distúrbio quando a medida é observada como uma necessidade –a vítima imagina que, se não cumprir rigorosamente o ritual, algo de grave vai acontecer a ele ou a uma pessoa próxima, por exemplo.

Eu confesso que tenho um pouco de TOC, aliás, acho que todos nós temos um pouco. Eu por exemplo eu odeio números pares,tenho fobia do “4″ e do “6″, não suporto chinelo virado e bato na madeira todas as vezes que penso/falo algo ruim, e fecho todas as portas de casa quando vou dormir.

Tá vendo alguma '' maniazinha'' é natural ter. Mas quando isso começa a se agravar dai acaba preocupando, porque isso acaba se repetindo fazendo com quem voce altere sua rotina. E o porque desse desencadeamento em casa pessoas? Ansiedade? Depressão? Estress? Tipo de cultura social e familiar? Pois é, são inúmeros fatores que até hoje não tem uma explicação definitiva e correta.

Mas ainda bem que hoje em dia existem tratamentos no qual já foi comprovado que a melhora é quase 100%.

Menos mal né?!

26 de abr. de 2010

'Avatar' vende 6,7 milhões de DVDs e Blu-rays em 4 dias

Raphael Victorino

A versão em DVD do filme "Avatar" vem mantendo a popularidade vista nos cinemas. Nos primeiros quatro dias já foram vendidas 6,7 milhões de cópias em DVD e Blu-ray, informou ontem (25) o estúdio Twentieth Century Fox. Desde 22 de abril, o épico do diretor James Cameron vendeu 2,7 milhões de blu-ray milhões s e 4 de DVDs. A combinação das vendas soma US$ 130 milhões.

O estúdio de cinema afirmou que "Avatar" é o título que mais rapidamente vendeu Blu-rays em todos os tempos. Nenhum anúncio foi feito sobre o lançamento de DVDs na tecnologia 3-D, mas um porta-voz da Fox adiantou que eles devem ser comercializados no futuro. Nos cinemas, "Avatar" bateu recorde de arrecadação em bilheteria, totalizando mais de US$ 2 bilhões em todo o mundo.

19 de abr. de 2010

Pelo jeito...não tem jeito!

Raphael Victorino

E povinho ignorante. O que já era praticamente certo se confirmou nesta segunda-feira. Depois da polêmica racista protagonizada por Danilo, do Palmeiras, e Manoel, do Atlético-PR, na última quarta, ambos acabaram denunciados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Além de poderem pegar ganchos pesados, os jogadores também correm sério risco de serem suspensos preventivamente.

Danilo é o que pode pegar suspensão maior. O zagueiro foi denunciado por ter xingado Manoel de "macaco" e ter cuspido no rosto do adversário. A primeira infração prevê pena de cinco a dez jogos, enquanto a segunda rende gancho de seis a doze partidas para o defensor. Somadas as punições, Danilo pode ser suspenso por até 22 jogos.

Já Manoel foi denunciado duplamente por praticar ato de hostilidade, já que deu uma cabeçada em Danilo e depois admitiu ter pisado no palmeirense. Como o artigo no qual foi enquadrado prevê pena de um a três jogos, ele pode ser punido com até seis partidas se suspensão.

É uma pena, em pleno século XXI ainda termos este tipo de atitude, não sei definir ou como podemos chamar isto, ignorância talvez. Neste caso especifico, ocorrido no meio do futebol, ele irá ser punido, mais eu gostaria que vocês leitores do"Uma pitada de opinião" fossem um pouco mais além. Isso não deveria ser tratado como caso de policia, a ponto deste indivíduo ser preso?


15 de abr. de 2010

Festa do barulho... Ou não!



Gabriella Vareschi de Rosa



Terça Feira (13/04), centro de São Paulo, imediações da famosa Rua Augusta. Normalmente um lugar agitado, com músicas e gente se divertindo. No Sonique Bar, na Rua Bela Cintra, isso não é diferente. Mas o detalhe é que não há música. Ou melhor, há, mas cada um com a sua. As pessoas dançam animadas sem som, o ambiente é silenciosa e um tanto quanto bizarro.


Tendência na Europa já algum tempo, a festa silenciosa chego a SP. Na balada patrocianada por uma empresa de celulares, foram distribuidos 200 fones de ouvido se fio para os interessados em dançar. Neles, o píblico optava entre três canais diferentes- cada um sob o comando de um dos 3 DJs. Cada setlist tinha um tipo de música, rock and roll, música eletrônica, pop, etc. Cada pessoa se diverte com um tipo de som, sem conversar muito.


No começo é até legal, um cutuca o outro, '' Coloca no canal três!!'','' Escuta isso!''. Todo mundo da risada e se sente diferente. Mas só 200 fones na casa foram distribuídos. Na balada há no mínimo umas 300 pessoas, e que ficou se fone se sentiu um idiota e logo foi embora, pois a música ambiente e baixa. Vendo de fora, você se sente em um hospício. Os Barmens agradecem, pois os pedidos são ouvidos claramente pela primeira vez em anos.


Uma festa dessas é sonho para qualquer morador que reclama de qualquer barulho. Rezamos para que essas pessoas continuem reclamando. Uma vez ou outra vale a pena ir na balada para conhecer, agora tornar isso uma cultura permanente é decretar o fim das relações sociais. Imagine só se cada um vai com seu iPod para a festa ? Cada um com seu som, sem conversas, sem interação. É a extinção d velho e bom '' cantar alto''. Praticamente uma balada de autista né, com todo respeito.


Para quem quer chegar em alguém é um martírio. A conversa esfria, é estranho ''chegar'' em alguém sem música, sem ambiente animado, você se sente deslocado e se jeito. A conversa ao pé de ouvido como dizem, não existe, ninguém grita ou extravasa muito. Parece que há um medo de que alguém esteja olhando, reparando..


A quiet celebration, termo em inglês, começou sua história em Londres, na Inglaterra. Um grupo de jovens DJs resolveu fazer uma brincadeira com um público seleto. A brincadeira virou mania e passou a dominar até algumas raves na terra da Rainha. Era cool. Após isso as grandes capitais européias também adotaram a moda, e grandes clubes do continente já reservam datas fixas para esse tipo de festa.


A que se nota claramente é que o individualismo que já é exacerbado atualmente, ganha mais fôlego com esse tipo de manifestação. O quiet celebration passou a ser mais um passo para o egocêntrismo.


No Brasil a festa engatinha torma festa devagar pelo menos em São Paulo, uma cidade multicultural, que aceita tudo e todos. No resto do país a tendência é não crescer, já que o povo brasileiro é mais extrovertido, fala mais e o calor humando é maior.


Improvável que as pessoas fiquem presas ao fone de ouvido, como a maioria dos gélidos europeus. Deus nos ouça. Isso se ele for brasileiro!

12 de abr. de 2010

PSDB e PT, olhos da mesma cara

Raphael Victorino

Nos ciclos eleitorais, o verbo costuma jorrar solto. Lembrar erros de adversários, principalmente na esfera da ética e da moral, costuma fazer parte de perorações de candidatos. O reino da fantasia acaba se instalando na arena. E, não raro, expressões fortes, denúncias associando atores e histórias escabrosas e até termos chulos, pensados para obter eco, passam a frequentar as falas de palanques. A despedida de José Serra e Dilma Rousseff de seus afazeres administrativos para começarem a pré-campanha presidencial pareceu um aperitivo da aspereza verborrágica que virá. O ex-governador pinçou a questão do caráter e da honra como coluna de seu estilo de governar. Verberou contra "escândalos, malfeitos e roubalheiras". A ex-ministra acusou tucanos de serem "lobos em pele de cordeiros". O fato é que os dois principais competidores tentam fixar fronteiras entre seus territórios e marcar diferenciais. Donde emerge a questão que permeará o pleito: há diferença entre pontos de vista de ambos sobre a maneira de governar o País?

6 de abr. de 2010

O exemplo do Saúde da Família

Raphael Victorino

A cobertura oferecida pelo Programa Saúde da Família (PSF), que já atende mais da metade da população brasileira, mostra o êxito dessa modalidade de atendimento público na área de saúde. Nos 27,4 milhões de domicílios cadastrados pelo programa, e que por isso recebem visitas regulares das equipes do PSF, vivem 96,5 milhões de brasileiros. É um número próximo da meta proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de atendimento de 100 milhões de pessoas.

Instituído em 1994, o PSF é um exemplo de continuidade de uma proposta inovadora em matéria de política pública em área essencial para o bem-estar da sociedade. Trata-se, infelizmente, de um caso ainda pouco frequente na história administrativa do País.

A criação desse programa representou uma mudança profunda na definição das políticas de saúde pública ? até então mais voltadas para ampliar a oferta de recursos tecnológicos ? e baseou-se em dados conhecidos há muito tempo por profissionais da área, mas que não eram levados na devida conta pelos governantes.

Em estudo sobre o PSF, a Faculdade de Saúde Pública da USP observa que diversas pesquisas mostraram que as unidades básicas de saúde, quando operadas de maneira adequada, são capazes de resolver, com qualidade, cerca de 85% dos problemas de saúde da população. O restante precisará de atendimento ambulatorial ou especializado e apenas um pequeno número necessitará de atendimento hospitalar.

Por isso, o PSF dá prioridade ao atendimento básico. São procedimentos de baixo custo quanto ao uso de equipamentos para diagnóstico e tratamento, mas complexos, pois exigem conhecimentos variados. Por meio desse atendimento, as equipes do programa ? formadas por médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde ? conhecem melhor a clientela e podem dar o encaminhamento adequado a cada caso. O PSF não prescinde dos equipamentos de alta tecnologia e dos procedimentos de grande complexidade, mas, ao permitir uma utilização mais racional desses recursos, abre espaço para que mais pessoas necessitadas possam utilizá-los.

Há três anos, 26,3 mil equipes do PSF cuidavam de 84,2 milhões de pessoas em 5.100 municípios. Os dados recém-divulgados mostram um avanço expressivo no número de pessoas atendidas, o que deve ter sido acompanhado pelo aumento do número de equipes de atendimento. Em entrevista ao Estado, o ministro José Gomes Temporão disse que "o ideal é que toda a população do SUS ? pelo menos 75% dos brasileiros ? esteja coberta". Apesar do êxito do programa até agora, porém, há desafios que precisam ser superados.

Um deles é a disseminação do atendimento. Na Região Sudeste a cobertura é precária ? apenas 35,9% da população é atendida. A situação é pior nas regiões metropolitanas. A doutora Maria Fátima de Souza atribui o baixo atendimento do PSF nessas regiões ao fato de que, nelas, os investimentos em saúde se concentram em áreas de maior complexidade. É preciso ressalvar, no entanto, que nessas regiões a demanda por hospitais é muito maior do que em outras, até porque é para elas que migram pacientes de municípios onde só há atendimento básico, mas necessitam de atendimento especializado.

Outro desafio é a preparação de profissionais na quantidade e na qualidade exigidas para a expansão do programa. Há falta de médicos com a formação necessária para o atendimento do PSF e, quando há profissionais, alguns resistem à fixação em regiões de risco nas metrópoles ou em municípios mais distantes dos grandes centros.

Em um de seus estudos, Maria Fátima de Souza afirma que a responsabilidade pela formação e orientação adequada desses profissionais é, em primeiro lugar, do Ministério da Saúde, ao qual compete a tarefa de formação de recursos humanos na área de saúde e de desempenhar o papel de indutor de outras instituições públicas, inclusive universidades, nessa direção. É, assim, uma responsabilidade de todo o setor público.


4 de abr. de 2010

Páscoa de chocolate e lembranças!

Angela Sanchez

Uma das maiores tradições da Páscoa são os ovos de chocolate. E o que não falta é variedade. Tem para todos os gostos: chocolate ao leite, branco, meio amargo, trufado, crocante, com licor...
Enfim, se você não comprou seu ovo nesta páscoa, provavelmente, não foi por falta de opção.
Tanto o ovo de chocolate como o coelho da páscoa são elementos muito importantes do imaginário das crianças, e dos adultos também. As tradições deste domingo trazem de volta muitas memórias da infância.
Entretanto, o imaginário este ano saiu mais caro. Os ovos de chocolate saíram, em média, cerca de
6% mais caros do que em relação ao ano passado.
Mas isso não desanimou o consumidor brasileiro, uma vez que o aumento do consumo dos ovos foi de cerca de 20% , em relação a 2009.
Agora, mesmo com todo esse aumento ainda teve gente que ficou sem ganhar o seu ovo. Em uma conversa com um amigo (que me deu a ideia de escrever isso aqui), ele me disse que ele não tinha ganhado ovo de páscoa e que seu presente foram duas barras de chocolate. E ele discordou de mim, quando eu disse que não tinha problema, que era chocolate do mesmo jeito. Seu argumento foi que "o ovo de páscoa é feito com todo o carinho dos funcionários da fábrica de chocolate".
E não posso afirmar quanto ao carinho dos funcionários da fábrica, mas entendo que realmente não é a mesma coisa ganhar uma barra ou um ovo de chocolate. A maior diferença está exatamente no imaginário, mesmo para um adulto. Afinal são datas como a páscoa e presentes como ovos de chocolate que fazem a gente voltar a ser criança, nem que apenas por alguns instantes no ano!
Então, talvez, ainda compense comprar os famosos ovos, mesmo que mais caros.

2 de abr. de 2010

'' Crescem flores de concreto, Céu aberto ninguém vê ''

Gabriella Vareschi de Rosa


Deu amargura nas almas paulistanas a notícia de que mais da metade dos habitantes da cidade de São Paulo deseja mesmo é mudar de engarrafamento. Ou melhor: partir, zarpar, abrir o gás, sumir da maior metrópole da Améroca do Sul. Muitas pessoas gostariam de deixar de viver em SP, se fosse possível, e em uma entrevista 87% da população disse que morar na capital é um lugar inseguro de se viver.
E já repararam que tofo feriado as pessoas que moram em SP querem dar aquela '' escapada'' ?
Nesse feriado por exemplo da Semana Santa, as estradas se encontraram com kilômetros e kilômetros de filas na saída de SP. Estradas cheias, aeroportos lotados e as pessoas querendo cada vez chegar mais cedo em seu destino procurado.
Essa Páscoa prometeu levar 2 milhões de carros nas principais rodovias.
Mas o que deve passar nas cabeças dessas pessoas que querem sair dessa loucura, é que estão querendo paz, sossego, um lugar calmo onde não tem aquela poluição sonora e visual.
São Paulo é uma cidade mágica, você encontra o que quiser e na hora que bem entender. Se tem de tudo e de todos. Uma cidade cara, glamurosa, pobre, bonita, feia, perigosa, acolhedora, talvez.. ou seja tudo ao mesmo tempo. Mas segurança e tranquilidade são raridades.
Viver nela pode ser um tanto prazerosa, ainda mais para pessoas que vem em busca de alguma coisa. Mas na hora que bate aquela vontade de se desligar do mundo, poucas pessoas querem saber de SP.
A deputada Luiza Erundina que se encadra na pouca população dos que querem ficar em SP, disse que essa '' rejeição'' é circunstancial, e que por mais que as pessoas odeiem essa cidade, não consegeum sair daqui.
É muito fácil dizer que vai embora de São Paulo, mas ir embora como? Pra onde? Fazer o quê? Tudo bem, o ideal seria não se ter um crescimento tão célere. Mas, ficar assim é um fenômeno urbano do Brasil, e do mundo todo.